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Na morte Ivan Ilich, despeço-me de meu filho, que partiu.

quinta-feira 2 de março de 2023, por ,
Tolstoi vivenciou uma crise existencial onde tudo perdeu valor e sentido. Ele tal qual eu, nos demos conta do nada imenso do destino de todo o ser humano.
Tolstoi vivenciou uma crise existencial onde tudo perdeu valor e sentido. Ele tal qual eu, nos demos conta do nada imenso do destino de todo o ser humano.
E quando Tolstoi retorna à pena, surge “A morte de Ivan Ilitch”, uma pequena-grande novela, uma epopeia sobre a Vida e a Morte, altamente concentrada, sem desvios nem distrações, uma incrível sobriedade no trato da finitude humana.
Meu adeus.
Valter nasceu sem a presença do pai e sem ele permaneceria por alguns anos, talvez os mais importantes para um ser humano. Seu nome foi uma homenagem ao Comandante da Resistência à ditadura militar, Joaquim Câmara Ferreira.
O pai era preso político da ditadura militar. A mãe, militante política, antes de fugir para o exílio, teve de socorre-lo de desidratação. O H.C. aplicou na criança uma papa de hemácias que lhe traçaria o destino e a morte prematura.
Mas a contaminação por hepatite C somente se manifestaria na maturidade. Valter resistiu com todas as suas forças o quanto pode. Descanse em paz, MEU FILHO!